sábado, 25 de outubro de 2008

Centenária?

Ela nasceu em 1908.
Taí algo que não combina com a idéia geral "Simone de Beauvoir". Ela não se agradaria da comemoração do seu centenário. Era muito avant -garde para tais vetustices.
Aos 53 anos, via-se velha. Depois a coisa mudou um pouco. Mas os temas velhice e morte marcaram seu pensamento. Em "Balanço Final" (Tout Compte Fait, Éditions Gallimard, 1972), comentando livro de Albert Cohen, "Belle du Seigneur", ela escreve:

"Cohen é obcecado pela idéia de que cada indivíduo é um morto em sursis. E, indubitavelmente, ninguém escapa à sepultura. Mas quando se sabe captar a plenitude do momento - no júbilo, na ação ou na revolta -, a morte recua; o futuro cadáver afirma-se no presente com um ser vivo."
(Balanço Final, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990, p. 175)

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